A TEORIA CRÍTICA DA TECNOLOGIA EM ANDREW FEENBERG
Resumo
Diante do desenvolvimento tecnológico e seus impactos sociais, torna-se fundamental entender as problemáticas que as tecnologias provocam nas reflexões antropológicas, filosóficas e educacionais. Ensinar a pensar diante da rapidez com que as evoluções tecnológicas se apresentam, seguido das representações nos mais diversos âmbitos da vida humana, parece não encontrar espaço e terreno para uma reflexão crítica sobre as questões inerentes às tecnologias. A fluidez dos produtos ofertados em novas roupagens técnicas, assim como os efeitos e as facilitações que esses nos proporcionam, acaba criando uma hostilidade entre o pensamento filosófico e a tecnologia reificada. Dessa forma, o presente ensaio visa apresentar os embasamentos filosóficos de Andrew Feenberg para o desenvolvimento da sua teoria crítica sobre as tecnologias, através das categorias instrumentalismo, substancialismo e determinismo. Concluímos que as reflexões sobre a filosofia da tecnologia podem aproximar as revisões em torno da utilização massiva das tecnologias pela educação, como atos de mera adequação e transmissão de ideologias, gerando assim novas alternativas e formas de saber, agir e pensar através das possibilidades viabilizadas pelas tecnologias.