AS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
Resumo
O presente estudo provoca questionamentos sobre a neutralidade das tecnologias na educação para superar visões conformistas, distorcidas e mecanizadas que legitimam armadilhas de estruturas homogeneizantes de ensino, tomando por base a perspectiva freireana de um mundo marcado pela diferença, complexidade e desigualdade. Diante dos discursos encontrados no enlace entre tecnologias e educação, evidenciados por Freire, buscamos formas de democratizar o ensino em diálogos com a potência humana e suas contradições, como forma de desafiar certezas de ação tecnológicas, em termos mercadológicos e ideológicos. Freire afirma que não deveríamos tentar dominar as tecnologias, mas compreendê-las em sua totalidade, para projetar a construção do pensar e agir coletivo, contribuindo para os sentidos da existência e da produção das relações humanas. As novas tecnologias estão modificando o mundo no qual vivemos de forma rápida e inovadora, mas ao mesmo tempo carecem de ações pedagógicas contextualizadas e integradas na direção de uma transformação social à construção de formas de convivência. Reconhecemos que as tecnologias têm sido usadas na educação de forma receptora, ingênua, passiva, enganosa e condicionadora por meio de inovações técnicas, instrumentos e processos que empregam. Nesse contexto, cabe resistir a anestesia social mediante a relação com as tecnologias para ajudar os docentes e acadêmicos a se apropriarem dos processos de produção de conhecimentos, fazendo avançar a qualidade de ensino e a formação, reforçando o incentivo para novas leituras e pesquisas.