O AGIR COMUNICATIVO DIRIGIDO POR INTERESSES
Resumo
A dependência tecnológica nesse mundo hiperconectado interfere em várias dimensões da vida humana, como a educação, o trabalho, o lazer, e assim, somos dirigidos por interesses técnicos, práticos ou emancipatórios. Se o agir comunicativo alicerça o aprender de liberdade cooperativa na relação de interdependência com os outros e com as tecnologias digitais, então, precisamos resistir aos padrões circundantes de relações solipsistas e unidimensionais, que negligenciam a autoridade epistêmica da alteridade em nome da receptividade trazida pelo aparato técnico-operativo, que condiciona os sujeitos ao consumismo ingênuo (alienado do mundo). As contribuições de Habermas são provocadoras para um novo agir coletivo frente às tecnologias digitais, visto que o debate sobre a potencialidade inspirada na criatividade do agir é uma demanda contemporânea, envolvendo um processo cooperativo de interpretação e de abertura às diferentes formas de aprender o mundo com o outro. Os resultados apontam que as tecnologias digitais podem ser um médium para que ocorra o diálogo de intercâmbio com o outro coordenado pela discutibilidade no campo das tensões e contradições com a prática social.