POLÍTICAS PÚBLICAS PARA CRECHES (0-3 ANOS) EM TEMPOS DE COVID19: REFLEXÕES SOBRE O ENSINO À DISTÂNCIA
Resumo
Vinculado à Linha de pesquisa de Políticas Públicas, este trabalho deflagra a hipótese, levantada pela autora, de que a Secretaria Municipal de Educação (SME) da Prefeitura do Município de São Paulo (PMSP), se apropria do uso de Tecnologias da informação e comunicação (TICs) para aparente cumprimento das exigências curriculares,sugerindo uma normalidade na condução das ações formativas, por meio da substituição de aulas presenciais por orientações aos pais e mães, de maneira remota. O impacto dessa ação, em especial nas Creches Parceiras Conveniadas, é o objeto de reflexão que provoca a necessidade deste estudo, cujo objetivo é analisar a presença do debate sobre uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para conduzir os processos formativos, em crianças de 0 a 3 anos. A metodologia para a realização da pesquisa foi realizada em duas etapas: 1)exploração da literatura especializada – Campos (1993); Cottet (2019); Kramer (1982); Rosemberg (1992) dentre outros e 2)escuta da gestão de três Creches localizadas na zona sul da cidade de São Paulo. A proposta busca delimitar os contornos de um cotidiano típico, com vistas a explorar a interação família/creche para esse momento da COVID-19. O roteiro da entrevista foi elaborado considerando três eixos: 1) Contexto da Pandemia; 2) Processos relacionais e 3) PMSP/SME/CRECHE. As análises indicam que as providências em relação aos processos formativos das crianças de 0 a 3 anos, propostas durante a crise sanitária mundial, estão restritas a disponibilização de um material eletrônico, portanto, são consideradas insuficientes para a superação dos problemas gerados pela ausência presencial das crianças em suas Creches.