O PAPEL DAS TECNOLOGIAS NA BNCC E NOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS.

Resumo

No final de 2018, iniciou-se, com a promulgação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), uma reorganização curricular no Brasil que define as “aprendizagens essenciais” que os estudantes devem desenvolver durante as etapas da Educação Básica. Dentre essas aprendizagens, o domínio das linguagens tecnológicas pelos estudantes deve perpassar por todo o ensino médio. É importante compreender que essa reforma curricular significa, de forma ampla, entender os processos de seleção e produção de saberes; de leitura de mundo; de desenvolvimento de habilidades, valores e símbolos; e, de escolarização que estabelece como respondemos ao mundo. Assim, este trabalho pretende, a partir da leitura crítica dos documentos orientadores de implantação da BNCC, com atenção especial para a etapa de ensino médio, identificar o papel das tecnologias nesse novo direcionamento a partir da compreensão dos sentidos em que é empregado o termo tecnologia. Estruturou-se o trabalho em quatro etapas: identificação dos objetivos e das principais orientações trazidas pela BNCC; abordagem da nova organização curricular para o ensino médio (a formação geral e os itinerários formativos); entendimento da implantação dos itinerários formativos; análise do Centro Nacional de Mídias da Educação (CNME). Em vários trechos dos documentos oficiais lidos, destacaram-se valores e desejos de determinados grupos de interesse, que num modelo de inovação, substitui a prática docente rotineira por mediações tecnológicas digitais. Então, numa ação de resistência, o professor deve promover, junto com os estudantes, formas democráticas para uma formação cidadã, com o auxílio dos recursos das tecnologias digitais.